quinta-feira, 14 de abril de 2011

Unidade de Multideficiência- Uma realidade, muitas questões





Decorreu ontem, dia 13 de Abril de 2011, na Escola 1.º Ciclo/JI de Infância de Via Rara uma acção de (in)formação sobre Unidades de Multideficiência. Sessão dedicada a toda a comunidade educativa deste Agrupamento, resultante da parceria conjunta com a Pin-ANDEE.




A sessão,teve inicio, com a apresentação do Prof. David Rodrigues que formalizou a parceria, apresentando não só a Associação e seus projectos, mas também referindo-se ao que é a premissa da Associação, enquanto parceiro que pretende desassossegar a escola, no sentido de em parcerias como esta reflectir próximo dos seus actores na procura das melhores soluções, sabendo-se que não existem receitas mas vontades conjuntas de cooperação em prol de estratégicas eficazes.

A dinamizadora da sessão, Ana Rosa Trindade, fez uma abordagem sobre o enquadramento legal das Unidades de apoio especializado ao abrigo do Decreto-Lei 3/2008, neste âmbito foram referidos os recursos e respostas educativas especializadas, a organização e aspectos que devem ser considerados para a criação e operacionalização das referidas unidades, desde o espaço físico, materiais e a necessidade de parcerias com a comunidade.

De seguida aos pressupostos teóricos foram discutidos os objectivos, soluções e estratégias para a educação de crianças /jovens com multideficiência.

Neste âmbito os participantes realizaram uma actividade prática, reflectindo em grupo sobre os pressupostos básicos, comunicação, intervenção e avaliação.

Como ideias principais podemos reter a importância da existência de uma unidade num agrupamento, traduzindo-se num leque de respostas em termos de espaço físico e materiais não esquecendo que estes alunos devem frequentar a turma o maior tempo possível.

Em termos de comunicação, a necessidade de identificar sinais, antecipando rotinas, tendo em conta os níveis de progressão da utilização de símbolos na comunicação.

Quer na comunicação, intervenção ter sempre presente as áreas de preferência do aluno e dar significado às suas aprendizagens, tornando-se significativas suas competências.

Na avaliação devem ser delineados objectivos específicos, decompondo em muitos casos as tarefas/actividades, de forma a que a definição de objectivos seja possível de avaliação significativa, quantificando frequências de comportamentos, descrição precisa de evidente participação do aluno e adaptações necessárias, crucial para que a avaliação seja pertinente e eficaz na intervenção.

Sobre esta temática, como bibliografia de referência, poderão consultar a publicação on-line 

A partilha terminou com a apresentação de um delicioso vídeo que poderão consultar em: 


Sabendo que estamos longe de encontrar respostas simples, podemos avaliar esta partilha como uma forma excelente de troca de experiências e de formação contínua.

Fica a sensação de que estes momentos são normalmente realizadas/assistidas/partilhadas por quem se envolve neste compromisso. Ele é factor desencadeador de disseminação de boas práticas de qualidade, assim o desejamos, (aproveitando as palavras do Prof. David Rodrigues na apresentação), porque estes assuntos são para os que andam próximo da educação especial, que somos TODOS!

A acção contou com cerca de quatro dezenas de participantes que o dia soalheiro não fez afastar o desejo de partilha que se confirmou profícua.

Bem sei, que posso ser suspeita na avaliação desta partilha mas aproveitando uma vez mais as ideias centrais da apresentação do Prof. David Rodrigues nesta partilha, não é só a reflexão de uma associação desassossegada mas também deixar irrequieta a reflexão.
EC

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