sábado, 26 de abril de 2014

Prisioneiro em mim


Prisioneiro em mim
Jomad´o Sado
Chiado Editora (2014)

Um olhar de um pai sobre o que se tem de mais avultado: um descendente. Assaz especial, descreve-o nos seus poemas mas igualmente descreve os amigos e a família.
Não se definindo como poeta, o autor versa nas rimas que escreve peripécias do ser humano, alguns episódios históricos, em particular uma ode à nacionalidade.
Fala de si próprio:
Dou por mim a pensar nas coisas do mundo”
in: Pensamentos Incertos (pág. 39)

Narra nos poemas que escreve, a sua melancolia:
“(...)
São depressivos alguns destes versos,
também o são a missão e a viagem
mas sempre conheço novos universos
ficou de tudo com uma verídica imagem
(...) in: A viagem (pág. 62)

anseios e desejos:
(...)
“Entre edifícios, ruas e becos desertos
Sem para trás olhar e, de olhos bem abertos
Caminho sempre sem cessar
Um porto de abrigo, um refúgio onde me encontrar
(...) in: A viagem (pág. 61)

mágoas e revoltas:
“Estou prisioneiro de mim próprio,
Refém sem resgate, sem salvação possível
Afecto a dogmas de uma lei de carácter impróprio
Que congela e destrói tudo aquilo que é visível
(...)
E é tão intenso o calor da raiva exasperada
Que até a luz para longe dela se aparta
Fugindo da vida em grande debandada
Dói muito, Dói mesmo que se farta”
in: Prisioneiro em mim (pág. 87)

Fala da crise e de política, notoriamente fala da vida, não deixando de abordar a morte, pois o que é a vida senão uma viagem.
Para conhecer melhor o seu conteúdo há que adquirir este livro e ao fazê-lo pratica um gesto solidário pois contribui para ajudar a APPDA - Setúbal Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.



In: Sugestão de leitura de Newsletter no 70 da Pró-Inclusão


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